Meio ambiente

Projetos

 

Gerenciamento de Resíduos

Nossas operações na UHE São Simão e nos parques eólicos da Paraíba contam com um Plano de Gerenciamento de Resíduos, documento que contém orientações e foi construído com base na legislação ambiental e nas melhores práticas para o tema, estabelecendo diretrizes para que todos os colaboradores atuem na redução de geração de resíduos. Em 2021, o Plano de Gerenciamento de Resíduos da UHE São Simão foi revisado e atualizado, sendo parte integrante de todos os documentos que compõem o nosso SGI, hoje certificado pela ISO 14001 e ISO 45001.

Os resíduos Classe 1 (perigosos) gerados nas operações eólicas e hidrelétrica são manejados por empresas especializadas, que atuam no acondicionamento, retirada, destinação e o devido tratamento para cada tipo de resíduo. A água potável consumida na UHE São Simão e os efluentes sanitários gerados são tratados em estações de tratamento de água, poços artesianos e de esgoto. Para esses processos, há outorgas específicas emitidas pela Agência Nacional de Águas (ANA). Poços artesianos têm outorgas emitidas pelos respectivos órgãos estaduais.

 

Modernização da UHE São Simão

Uma preocupação presente no plano de modernização da UHE São Simão está relacionada à geração de resíduos passíveis de serem reutilizados e/ou reciclados. Eles são gerados da substituição de máquinas e equipamentos, cujas peças estão sendo trocadas. Por isso, assinamos contratos com empresas que adquirem materiais como sucata metálica não contaminada e óleos isolantes e lubrificantes passíveis de refino. Contratamos ainda, uma empresa especializada que auditará o processo de recolhimento e destinação dos resíduos oriundos da Missão Futuro, nome dado ao nosso projeto de modernização da UHE São Simão.

 

Conceitos e práticas no ambiente escolar

Em 2020 a SPIC Brasil realizou um webinar com as instituições de ensino público de alguns municípios vizinhos ao reservatório da UHE São Simão, como Capinópolis (MG) e São Simão (GO), para discutir sobre a gestão dos resíduos sólidos no ambiente escolar e trabalhar conceitos e práticas junto com os professores.

O evento teve como tema central os 10 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e formas de implantação das diretrizes da Lei no ambiente escolar, com sugestões para trabalhar a temática de forma transversal, conforme orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O evento realizado com os educadores de Capinópolis contou com 89 participantes, já os educadores de São Simão (GO) somaram 33 pessoas.
Como ação complementar ao evento, foi encaminhada aos participantes uma cartilha digital para reforçar os conceitos discutidos no webinar sobre a PNRS, orientando sobre os tipos de resíduos e o correto acondicionamento e descarte, oferecendo também dicas de livros, sites e filmes que abordam a temática e podem ser materiais de suporte para os professores durante o ensino.

Já em 2021 realizamos junto a professores da rede municipal de ensino de Gouvelândia/GO uma Trilha de Aprendizagem, entre os meses de agosto a outubro. A atividade capacitou professores do ensino fundamental I e do ensino infantil do município , proporcionando a eles subsídios para que desenvolvam ações de educação ambiental com seus estudantes. O processo contou com encontros virtuais, que abordaram os temas:

  • Educação ambiental
  • Áreas verdes e água
  • Água e resíduos
  • Água e agrodefensivos.

Foram repassados vídeos com a ilustração de atividades práticas para desenvolvimento com os alunos, de acordo com cada tema abordado. Ao final do processo, a equipe de professores e coordenadoras pedagógicas, bem como a secretária da educação organizaram o evento “Culminância do Projeto Meio Ambiente”, apresentando os resultados do projeto e exposição das atividades realizadas pelos estudantes. A ação envolveu cerca de 350 estudantes e 40 professores.

A Trilha de Aprendizagem também foi realizada com voluntários do Rotary Club de São Simão/GO e Ituiutaba/MG, com o objetivo de instruir os participantes quanto ao modo de elaboração de um projeto ambiental de interação com a comunidade, promovendo a conservação ambiental. Para essa ação foram realizados encontros virtuais entre setembro e novembro de 2021, sendo trabalhados os seguintes temas:

  • Fundamentos teóricometodológicos da educação ambiental crítica e dialógica e suas aplicações
    Diagnóstico socioambiental: importância e como realizar
  • Etapas da elaboração de projetos de educação ambiental.

Ao final da capacitação os grupos puderam compartilhar as ideias de futuros projetos a serem estruturados e desenvolvidos junto aos municipios no quesito ambiental.

 

Combate a Incêndios Florestais

Para nós, segurança é a base do cuidado. E uma das ações primordiais para a preservação da biodiversidade, que envolve tanto a região da UHE São Simão como a dos parques eólicos, é a campanha sobre o combate aos incêndios florestais.

Anualmente, na época de estiagem nessas regiões, é dado o sinal de alerta, pois tem-se a diminuição da umidade relativa do ar que, consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas, bem como aumento de doenças respiratórias.

O tema é cada vez mais urgente. Em Goiás, os dados indicam um aumento de 28% nas ocorrências envolvendo incêndios florestais em todo o Estado só entre janeiro e maio de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020. E em Minas Gerais não foi diferente, com quase 6 mil registros no primeiro semestre de 2021 feitos pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). As corporações chamam atenção para a alta frequência de focos de incêndio em decorrência da limpeza de vegetação em terrenos através do uso de fogo.

“É preocupante a predominância de queimadas acidentais e criminosas nas zonas rurais, ano após ano. Precisamos cuidar da segurança de todos e do meio ambiente, então pedimos que evitem pequenos hábitos de risco, como a limpeza de terrenos com fogo e soltar balões”, alerta Leandro Alves, Diretor de Operações Renováveis da SPIC Brasil. “É importante que todos se conscientizem e fiquem atentos. As principais consequências das queimadas são a piora da qualidade do ar, além da agressão à fauna e flora. Por isso, ao sinal de qualquer irregularidade, denuncie”, destaca ele.

A SPIC Brasil vêm investindo em campanhas maciças para a conscientização das populações locais sobre o perigo das queimadas, utilizando diversos canais de comunicação, como redes sociais, rádios, carros de som e outdoor. Em 2021 investimos mais de R$ 132 mil e produzimos 16 conteúdos para cada localidade.

 

Monitoramento é de todos

Provocar incêndio ambiental é crime, cuja gravidade pode levar a detenção de até quatro anos, além de multa. Caso o cidadão aviste um foco de incêndio ou fumaça suspeita, deve imediatamente ligar para os telefones de emergência: 193 (Bombeiros) ou 190 (Polícia Militar).
Dicas de como evitar o risco de queimadas:

  • Nunca atear fogo em área de vegetação ou desmatada sem a autorização e supervisão do órgão ambiental;
  • Manter sempre aceiradas as propriedades rurais e sua comunidade em alerta para qualquer foco de queimada;
  • Manter terrenos limpos na zona urbana, com pouca ou nenhuma vegetação;
  • Não usar o fogo como forma limpeza, ao queimar lixo, folhagens, galhadas e entulhos, principalmente se for próximo de áreas de vegetação. Procure destinar esse material para o local certo, de acordo com a política sanitária de seu município.
  • Nunca jogar “bituca” de cigarro quando trafegar por rodovias ou estradas, pois a vegetação seca pega fogo com muita facilidade no período de estiagem. A fumaça ainda prejudica a visibilidade dos motoristas, o que aumenta o risco de acidentes.
  • Em acampamentos, muito cuidado ao acender fogueiras, velas, lamparinas e lampiões. Prefira fazê-lo em local limpo e sem nenhuma vegetação em volta, além de fora da área de preservação ambiental. Lembre-se de verificar se as fogueiras estão totalmente apagadas antes de deixar o local, pois fogueiras em brasa podem ser reativadas com o vento.
  • Não soltar balões. A prática é muito perigosa, além de configurar crime ambiental, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9605/98).

 

Monitoramento da avifauna e de primatas nos parques eólicos

O monitoramento da avifauna e de primatas é uma iniciativa da SPIC Brasil, que teve a primeira campanha realizada em agosto de 2020 e a segunda em fevereiro de 2021, com o objetivo de fazer o levantamento de dados populacionais das comunidades de aves e primatas no Parque Eólico Vale dos Ventos e verificar prováveis impactos das operações SPIC Brasil nessas comunidades faunísticas.

Até o momento foram contabilizadas 393 aves, de 61 espécies diferentes e distribuídas em 27 famílias. As espécies de aves em maior quantidade são: Tangara sayaca, Tyrannus melancholicus e Cyanerpes cyaneus. Foram encontradas duas espécies endêmicas, são elas: Nystalus maculatus, Hylophilus amaurocephalus Herpsilochmus pectoralis, que é uma espécie classificada como vulnerável pela lista internacional (IUCN).

Em relação aos primatas foram identificadas estas três espécies: Alouatta belzebul, Callithrix jacchus e Sapajus flavius, que teve mais representativa ― 50 Sapajus flavius foram registrados em um único dia.

Em 2021, haverá a segunda campanha, como forma de monitoramento contínuo.
Herpsilochmus pectoralis (macho) – chorozinho-de-papo-preto – espécie classificada pela IUCN como vulnerável à extinção. É uma espécie generalista quanto ao habitat e pode ser encontrada em áreas florestadas, áreas abertas e na borda da vegetação.
Herpsilochmus atricapillus (fêmea) – chorozinho-do-chapéu-preto – ave insetívora que apresenta hábito generalista quanto ao habitat e pode ser encontrada em áreas florestadas, áreas abertas e na borda da vegetação.
Mimus gilvus – sabiá-da-praia –essa espécie é vista na região litorânea, sempre associada a vegetação de restinga. Diferencia-se do sabiá-do-campo (Mimus saturninus) por apresentar a parte superior cinza e a inferir branca.
Nystalus maculatus – rapazinho-dos-velhos – é uma ave que, geralmente, é encontrada empoleirada na vegetação ou em cercas observando calmamente tudo o que se passa ao seu redor. É uma ave insetívora que não é muito seletiva quanto ao habitat e é considerada generalista.
Tyrannus melancholicus – suiriri – ave insetívora comum em áreas urbanas, áreas abertas e ambientes rurais.
Rupornis magnirostris – gavião-carijó –essa espécie em questão é classificada como carnívora e tem preferência por áreas abertas.

 

Caracara plancus – carcará – ave carnívora, generalista e oportunista. Seu registro foi nas áreas de colheita de cana-de-açúcar, onde foi observado forrageando na área pós-queimada.
Crotophaga ani – anu-preto – ave que vive em bandos, sendo registrada em áreas abertas e na borda da vegetação ao longo do acesso do parque eólico.
Vanellus chilensis – quero-quero – ave que independe de área florestada. Seu registro ocorreu em área aberta.
Trogon curucui (fêmea) – surucuá-de-barriga-vermelha – espécie de hábitos alimentares variados, pois alimenta-se de insetos e frutos. Dessa forma, essa ave foi incluída na guilda onívora. É uma espécie comum em área florestada.

 

Ações de preservação e recuperação das margens do reservatório da UHE São Simão

Com o objetivo de preservar e recuperar as margens do reservatório, a UHE São Simão realiza uma série de ações por meio do Programa de Gestão Sociopatrimonial, Programa de Monitoramento das Erosões e Programa de Reflorestamento Ciliar. Todos esses programas juntos são essenciais para a preservação da biodiversidade das espécies locais e qualidade ambiental.

O Programa de Gestão Sociopatrimonial visa manter a segurança da população presente no entorno do empreendimento e também a conformidade ambiental das áreas sob concessão da empresa.

A UHE São Simão conta com uma equipe especializada que realiza inspeções e vistorias periódicas ao longo do reservatório e suas margens, onde são identificados e cadastrados todos os usos e ocupações existentes, além disso, são realizadas ações que visam manter a respeitabilidade dos limites das áreas vinculadas à concessão.

O Programa de Monitoramento das Erosões visa observar e conhecer a dinâmica dos processos erosivos estabelecidos na área do entorno do reservatório da UHE para avaliar se existe a necessidade ou não de adoção de medidas de recuperação. Na campanha de monitoramento realizada em agosto de 2020, dos 111 focos erosivos identificados, 70 pontos estão ativos, 21 parcialmente estabilizados, e 20 foram considerados estabilizados.

Para saber mais, entre em contato pelo e-mail portasabertas@spicbrasil.com.br.

 

Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas

A SPIC Brasil está comprometida com o meio ambiente e o Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas é uma das ações que traduz, na prática, este objetivo estratégico.

O objetivo do programa é diagnosticar e medir modificações na qualidade da água e das comunidades aquáticas do reservatório da Usina Hidrelétrica São Simão e em seus trechos de influência em afluentes e no rio Paranaíba.

A avaliação periódica da qualidade da água verifica se ela atende às condições e aos padrões estabelecidos pela Resolução Conama 357/2005, que classifica e estabelece diretrizes ambientais em relação aos corpos de água superficiais. O monitoramento permite identificar as principais fontes poluidoras, sejam elas de origem natural ou de ação humana. O programa também investiga a existência de espécies aquáticas exóticas potencialmente prejudiciais ao ambiente, bem como as espécies aquáticas nativas da região ou da bacia. Ao relacionar tais espécies com o ambiente monitorado é possível verificar aquelas consideradas bioindicadoras de boa qualidade ambiental, ou potencialmente indicadoras de poluição hídrica, o que significa má qualidade ambiental.

Os programas ambientais executados pela SPIC Brasil visam a conservação da biodiversidade regional e a manutenção dos biomas existentes.

 

Programa de Conservação da Ictiofauna

Programa tem como objetivo avaliar as alterações que se processam na estrutura da comunidade de peixes no rio Paranaíba em função da operação da UHE São Simão.

São realizados monitoramentos periódicos para avaliar as características da comunidade de peixes presente na área de estudo, como diversidade, abundância, alimentação e reprodução.

Esse monitoramento permite que a SPIC Brasil crie um Banco de Dados de informações sobre as espécies existentes e a evolução e comportamento dessas comunidades, contribuindo para adoção de medidas de preservação.

 

 

Programa de Reflorestamento Ciliar

O Programa de Reflorestamento Ciliar foi proposto para recompor a vegetação florestal nas Áreas de Preservação Permanente (APP), que estão inseridas na faixa de segurança no entorno da UHE São Simão, sendo parte fundamental das ações de preservação e recuperação das margens do reservatório.

Até o ciclo 2019/2020, a SPIC Brasil manteve e implantou aproximadamente 330 hectares de reflorestamentos com espécies nativas – entre elas, aroeira, cedro, jatobá e ipê.

Já nos ciclos 2022/ 2021 e 2021/2022, demos início ao reflorestamento de mais 80 hectares às margens do reservatório. Para essa ação, foram promovidas melhorias no método de plantio e manutenção, identificando um maior número de espécies que possam aumentar a qualidade ambiental e a sustentabilidade das áreas plantadas.

O objetivo é promover a recuperação ambiental de aproximadamente mais 1.440 hectares nos próximos anos, por meio de diferentes métodos, além do reflorestamento típico, como condução de regeneração natural, enriquecimento florestal e dispersão de sementes.

Dentro do canteiro da usina de São Simão, em 2021, passamos a proteger duas áreas contíguas que somam 8,62 hectares de Mata Atlântica em estágio intermediário de regeneração natural, como medida compensatória pela supressão de vegetação dentro da área industrial da usina, ocorrida para a realização de manutenção da faixa de segurança da Linha de Transmissão 500 kV, que liga a casa de força da usina à subestação da Cemig.

#EnergiaQueTransforma